Na atual globalização o que se pode notar no mundo dos negócios é a crescente importância do talento e nesta situação o papel do líder muitas vezes pode ser comparado ao trabalho de um técnico de futebol. Uma vez definidos os objetivos, o verdadeiro desafio é a habilidade de montar o time certo para obter o sucesso.
Antes de qualquer coisa, o líder precisa conhecer muito bem as características individuais de seus talentos e compreender as necessidades técnicas de cada função e, a partir daí, escalar as pessoas certas nas suas melhores posições em campo.
Entretanto, ao iniciar o jogo, o fator que realmente faz a diferença é o nível de comprometimento dos profissionais, afinal de contas, um colaborador motivado é alguém que “comprou” um sonho. “Nós queremos se uma empresa altamente lucrativa, nós queremos ser um dos melhores lugares para se trabalhar, nós queremos ser uma empresa socialmente responsável”. Essas visões são todas de longo prazo, são sonhos empresariais. E as pessoas têm de embarcar de corpo e alma nessa história. Precisam vestir a camisa.
É publico e notório que uma série de pré-requisitos é necessária para que se possa pertencer ao elenco: talento, domínio das áreas funcionais e, principalmente, saber trabalhar em grupo, pois a gestão do líder não deve jamais ser pautada pelo conflito. E quem tem as pessoas jogando nas posições certas acaba evitando atritos desnecessários. O líder tem a responsabilidade em montar o time e criar o espírito de equipe.
Umas das maiores dificuldades em montar um grande time é transmitir a filosofia do trabalho verticalmente para toda a organização. O comprometimento, a integridade de valores e conhecimento da cultura organizacional precisam permear todos os níveis da empresa.
Promover um alinhamento na forma de pensar não significa que todos devem se comportar ou agir da mesma maneira. Cada personalidade tem a sua importância e o seu lugar. Existem as mais aguerridas que gostam de disputar pontos de vistas; outras que são mais calmas; outras que são mais cerebrais; outras que são mais impulsivas. Algumas são mais motivadoras de gente, e há ainda as que são reflexivas. Todas essas qualidades são fundamentais para uma organização.
Um líder tem que ter a equipe na mão e passar a idéia de que todos serão vencedores. Sempre cito em meus trabalhos sobre liderança, que um bom técnico é aquele que diz: “nós empatamos, nós perdemos” e principalmente “nós ganhamos”, pois a todo o momento foi a equipe que trabalhou junta.
Além disso, dizia pro pessoal que não queria um super time, recheado de craques, mas prefiro tem um time modesto, bem treinando, aplicado taticamente, com bons jogadores, que têm seus valores, talentos e que pode ser muito mais forte no coletivo do que individualmente.
Monte equipes sempre assim, pois trabalhar com gente motivada, comprometida, esforçada e humilde pode ser muito mais produtivo e prazeroso do que ficar administrando o ego e o antagonismo das estrelas. E, no final, o brilho do conjunto acaba sendo maior.
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